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Comitê Científico:
Fernanda Sanchez (PPGAU/UFF)
Nilton Ricoy Torres (PPGAU/FAUUSP) 
Samuel Steiner dos Santos (PPGAU/UFSC)

 

Esta sessão explora as bases teóricas, epistemológicas e ontológicas do planejamento enquanto prática de transformação social, operando em ambientes marcados pela mudança, fluidez e complexidade. Busca-se nessa sessão reavaliar as concepções de espaço, tempo e lugar, enquanto produto da interação de processos (sociais, econômicos e ambientais) que se consolidam pela regulação de uma “governamentalidade” imanente. Pretende-se aqui explorar as implicações de realidades emergentes tais como a autonomia de iniciativas e movimentos populares, as experiências com a diversidade e com a complexidade no espaço da cidade assim como as abordagens pós-estruturalistas de planejamento que buscam dar sustentação a novas práticas de planejamento em um mundo dinâmico e volátil.

A sessão busca explorar a ideia de complexidade como uma qualidade intrínseca do mundo contemporâneo de onde possa eventualmente emergir a uma sociedade em rede, socialmente mais justa, colaborativa, autônoma e autorregulada. Esta sessão acolhe contribuições teóricas e epistemológicas de planejamento que abordem especialmente os processos de transição e mudança em curso nos sistemas socioespaciais complexos contemporâneos, assim como as trajetórias que impliquem em novos ”devires” espaciais. Essa sessão pretende estimular especialmente reflexões que busquem identificar e expor realidades submersas, virtuais e emergentes que se encontram em processo de se “tornarem” reais – realidades que provavelmente passam despercebidas das concepções clássicas de planejamento. São bem vindas as abordagens que avaliem os desdobramentos das relações humanas/não-humanas com o ambiente físico, e que explicitem direções e meios que permitam ao planejador lidar com as condições de complexidade, incerteza e não-linearidade. 

Temas:

Teoria da complexidade/pós-positivismo; prática do planejamento voltada para a transformação das realidades política e social contemporâneas; planejamento, gestão e governança urbana; adaptabilidade; auto-organização; emergência; coevolução; “assemblages”; atores-redes; resistência etc.

 

Foto: Fábio Mariz Golçalves