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Mesas Redondas

Das 9hs às 11:30hs, Galeria Olido, Avenida São João, 473, Centro. Mapa de Salas disponível no Caderno de Resumos.

 

MESA REDONDA 1

Planejamento Urbano e Regional na América Latina
Coord. Prof. João Rovati (UFRGS)

MESA REDONDA 2

A universidade em tempos de cólera: reflexões, experimentações e interlocuções sobre a relação universidade-movimento sociais
Coord. Prof. Fábio Campos (IE-Unicamp)

MESA REDONDA 3

A produção autogestionária da cidade latino-americana: caminhos possíveis
Coord. Profa. Luciana Lago (IPPUR/UFRJ)

MESA REDONDA 4

Visões Dissidentes sobre o Urbano e o Futuro
Coord. Prof. Márcio Valença (UFRN)

MESA REDONDA 5

Remoções no novo milênio: o novo e o velho na política urbana
Coord. Profa. Raquel Rolnik (FAUUSP)

Mesa Redonda 1 – Planejamento Urbano e Regional na América Latina

Momento para discussão sobre experiências, desafios e reflexões sobre os caminhos futuros da formação para o planejamento territorial e sobre as possibilidades de diálogo sul-sul na área.

Coordenação: Prof. João Rovati (UFRGS)

Participantes: Prof. Arturo Orellana (IEU+T / PUC-Chile)

Prof. Raúl Wagner (UGS, Argentina)

Prof. Rainer Randolph (IPPUR/UFRJ)

 

Mesa Redonda 2 – A universidade pública em tempos de cólera: reflexões, experimentações e interlocuções sobre a relação universidade-movimento sociais

No livro “O amor nos tempos do cólera”, Gabriel García Márquez conta a história do breve encontro e duradouro amor de Florentino Ariza por Fermina Daza. A história foi inspirada na vida dos pais do escritor, o telegrafista e poeta Gabriel Elígio García e Luiza Santiago Márquez. Com a ajuda de amigos telegrafistas, Gabriel montou uma rede de comunicação para manter contato com Luiza, pois o pai dela, Coronel Nicolas, não queria o romance. O reencontro dos dois foi possibilitado porque o amor e a amizade venceram os obstáculos impostos pelo pai de Luiza, pelo tempo e pela distância. Não foi uma mísera espera, mas um esperançar sem trégua.

Nos dias atuais, apesar da capacidade de mobilização de pessoas ser mais rápida virtualmente, as redes sociais fazem exatamente o oposto daqueles telegrafistas, ou seja, disseminam o ódio. Com raras exceções, são redes antissociais por excelência. Todavia, tais redes, uma realidade de nosso tempo, não podem ser vistas separadas das ruas. Entre a conexão virtual e a real, entre a rede e a rua, todo um sistema de poder político, econômico e midiático se articulou para perpetrar o ódio. Nelas, os coléricos vociferam especialmente contra a educação e a escola pública. Neste contexto, a universidade pública, ainda que se mantenha como espaço aberto à sociedade, pode sofrer retrocessos irreversíveis que vão do puro e simples estrangulamento financeiro até a demonização moral da participação e reinvindicação coletivas.

Ao pregar um “produtivismo” alienante e se apegar demasiadamente aos atos burocráticos internos, a universidade segue o caminho de uma “excelência antissocial”, tornando-se cientificista, tecnicista e pouco comprometida com a problematização das questões sociais e com a própria realidade nacional e latino-americana. Por isso, nossa preocupação central é com o reavivamento do projeto transformador da universidade pública. E para que isso aconteça faz-se necessária uma maior aproximação com a sociedade, em particular, com os movimentos sociais, a fim de revitalizá-la e reinventá-la como espaço de diversidade de pensamentos e convivência com as diferenças.

Os movimentos sociais, na sua capacidade de resistir e de propor mudanças, é uma energia social aproveitada de maneira pontual ou nem sequer considerada no cotidiano da universidade brasileira. Isto impõe dois desafios cruciais: um, mais geral, que é continuar enfrentando os obstáculos criados pelos reformistas neoliberais e os impasses gerados pelas fragilidades do projeto neodesenvolvimentista e outro, mais específico, introduzir e valorizar novas formas de produção de saberes, metodologias e práticas universitárias que perpassem o ensino, a pesquisa, a extensão, o planejamento e a gestão.

O objetivo desta Mesa Redonda no XVII ENANPUR é, portanto, discutir o que fazer com a (e na) universidade em tempos coléricos como o atual. Isto é, debater sobre as perspectivas reais para um projeto transformador que vise re-problematizar/re-atar as relações entre universidade e sociedade no atual contexto econômico, político e social. Na área de Planejamento Urbano e Regional isto pode parecer romântico ou até mais palpável que noutras áreas, mas não podemos resumir o desenvolvimento das práticas políticas na universidade a meros instrumentos técnicos de intervenção, sem abrirmo-nos à invenção social. Para que persevere, tal projeto reclama diferentes canais de comunicação/contato com os movimentos sociais. Reflexões, experimentações e interlocuções com esse propósito serão muito bem-vindas.

Coordenação: Prof. Fábio Campos (IE-Unicamp)

Participantes:

Prof. Carlos Antonio Brandão (IPPUR/UFRJ)

Prof. Fernando Michelotti (UNIFESSPA)

Prof. Henrique Tahan Novaes (UNESP)

Prof. Pedro Fiori Arantes (UNIFESP)

 

Mesa Redonda 3 –  A produção autogestionária da cidade latino-americana: caminhos possíveis

A intenção da mesa é discutir os acúmulos, as potencialidades e as barreiras econômicas, culturais e políticas à produção autogestionária do hábitat popular urbano latino-americano, protagonizada por movimentos sociais, cooperativas e organizações de trabalhadores, no contexto de crise e mercantilização das cidades. Serão tomadas como referências, práticas associativas orientadas pelas necessidades materiais e simbólicas daqueles que usam cotidianamente a cidade e que nesse sentido, podem ampliar a possibilidade de construção coletiva de parâmetros de bem-estar urbanos não subordinados à racionalidade capitalista.

Coordenação: Profa. Luciana Lago (IPPUR/UFRJ)

Participantes: Profa. Cibele Rizek (IAU/USP)

Prof. Raúl Vallés (Udelar, Uruguai)

Adv. Juan Grabois (UBA, Argentina)

 

 

Mesa Redonda 4  – Visões Dissidentes sobre o Urbano e o Futuro

Somos seres inconscientes. Não interessa o quanto de conhecimento e informação que tenhamos acumulado ao longo do tempo. É impossível não ser tocado pelo pensamento social prevalente. Teorias críticas tentam subverter tal lógica; no entanto, é comum que apresentem diferentes explanações para os mesmos fenômenos. Olhar para os mesmos objetos de estudo e seus sujeitos pode não ser a melhor saída. Levantar questões similares e prover explanações diferentes para os fenômenos urbanos pode não ser o melhor caminho para quebrar paradigmas já há muito estabelecidos. Uma agenda está colocada: social, política econômica… É difícil percebê-la. Construir a nossa própria agenda é uma necessidade, não uma opção. Subverter posições correntes sobre tudo é um objetivo crítico (em especial se governos estão envolvidos). Subverter lógicas e maneiras de pensar, negar qualquer agenda estabelecida, não responder a movimentos e demandas de curto prazo e curto alcance, e nem sempre seguir o rastro do dinheiro são, talvez, alguns dos caminhos a trilhar.

Coordenação: Prof. Márcio M. Valença (UFRN)

Participantes: Profa. Erminia Maricato (FAUUSP)

Prof. Patrick Bond (University of Kwazulu-Natal, Africa do Sul)

Prof. Peter Hitchcock (CUNY – Center for Place, Culture and Politics, Estados Unidos)

 

 

Mesa Redonda 5 – Remoções no novo milênio: o novo e o velho na política urbana

A mesa procurará refletir a natureza, caráter e impacto das remoções diante dos processos de reestruturação urbana em curso em vários pontos do globo, comparando atores, protagonistss e processos assim como sua imserção  na economia politica dos lugares. 

Coordenação: Profa. Raquel Rolnik (FAUUSP)

Participantes: Profa. Ananya Roy (UCLA)

Prof. Oren Yiftachel (Ben-Gurion University of the Negev, Beersheba, Israel)

Prof. Gautham Bahn (Institute for Human Settlements, Bangalore, India)

Prof. Carlos Vainer (IPPUR/UFRJ)

Obs: mesa com tradução simultânea

Mesa patrocinada pela IJURR